MINDELO
Descoberto em 1460, no século XV, Cabo Verde é um país insular* localizado ao largo da costa da África Ocidental. Ele é um arquipélago vulcânico e montanhoso, constituído por dez ilhas, sendo apenas uma não habitada. As maiores são Santiago e Praia, sua capital.
*relativo ou pertencente a ilha
Bandeira
A cor azul, predominante, representa o espaço infinito do mar e do céu;
A faixa vermelha é o caminho da construção do país;
As estrelas são as dez ilhas que compõe o arquipélago.
Moeda
Sua moeda é o escudo cabo-verdiano, porém, como passamos apenas um dia no país, não trocamos nosso dinheiro, usamos o euro para pagamentos em geral (comida, passeios e afins).
Idioma
Colonizado pelos portugueses que deixaram sua língua como herança para ser usada nas escolas, administrações públicas e publicidade em geral. Já os nativos possuem um dialeto chamado crioulo.
Conhecemos a cidade de Mindelo, a segunda cidade mais populosa, passando dos 70 mil habitantes.Seu povo é carismático, doce e partilha da mesma alegria de viver.
Assim que saímos do porto e iniciamos nosso tour, nos deparamos com a réplica da Torre de Belém(Lisboa-Portugal), um dos maiores atrativos e que agora é o Museu do Mar, próximo ao Mercado de Peixe(com detalhes vermelhos no telhado, na quarta foto) que, por sinal, estava bem limpo.
Na mesma região, estava a praça principal com feira de artesanato e frutas.
As ruas são muito calmas, favorecendo uma caminhada tranquila para apreciar ainda melhor o centro histórico da cidade. O único problema foi que as lojas estavam fechadas mas nos divertimos vendo a "vitrine" de uma com um cheque sem fundo colado, na parte interna do vidro, de um comprador caloteiro.
Enquanto passeávamos pelas comunidades, com nosso guia, essas tímidas e doces crianças se aproximaram de nós, vendendo as conchinhas que haviam colocado nos suportes de plástico. Obviamente, nenhuma tinha um valor exato, o quanto você quisesse pagar seria aceito, com tanto que fosse em euro ou na moeda local.
Apesar da simplicidade, a cidade é limpa. Coincidentemente, enquanto fazíamos o tour, vimos jovens franceses participando de um projeto que tem como objetivo a construção casas para os moradores africanos com baixas condições financeiras. Infelizmente, não conseguimos tirar nenhuma foto, mas o melhor registro ficou em nossa memória.
Essa areia, obviamente, pertence à praia. Portanto, se alguém retirá-la é preso!
Baía das Gatas
É nessa linda praia, com essa enorme piscina natural, que hospeda o Festival Internacional de Música, o mais antigo do arquipélago, tão esperado pelos cabo-verdianos. Inclusive, alguns cantores brasileiros já estiveram mostrando seus dotes musicais neste palco.
Algumas praias não possuem areia comum pois quando a lava resfria, ao entrar em contato com a água, forma essa rocha escura na beira da praia.
Na foto abaixo, a tartaruga no tanque estava com ferimentos por um ataque de tubarão. Depois de recuperada, ela será devolvida ao Oceano.
O Monte Cara
A elevação, com 490 metros de altitude, já foi chamada de Monte Washington ou Cabeça de Washington e tem esse nome devido à semelhança de um rosto humano olhando para o céu.
A grande curiosidade é que ele é um estratovulcão, ou seja, um vulcão em forma de cone, formado pelo magma extravasado que não tinha esse formato desde o início, a adquiriu a partir de suas erupções.
Andando tranquilamente, despreocupados e sem rumo, apenas observando cada detalhe de Cabo Verde, vimos uma conveniência que nos chamou a atenção pela quantidade de pessoas, dentro e também na calçada, usando o seu wi-fi. Óbvio que como queríamos nos comunicar com nossa família (já que a internet do navio era cara e lenta), resolvemos entrar e consumir também!
Como passamos apenas um dia na cidade, não conseguimos provar sua culinária. Porém, entrar na lanchonete nos permitiu experimentar duas cervejas locais (e, de quebra, agradar o marido!).
A caminho de volta ao navio, não tivemos ideia melhor do que contemplar essa paisagem natural que somente a África nos proporcionou...
Incrível como conseguimos ficar ainda mais apaixonados, um pelo outro e pelo mundo. Ah, África, lhe agradecemos por tanto! 💙
E encerro este post com uma frase do jornalista brasileiro Airton Ortiz: Somos o resultado dos livros que lemos, das viagens que fazemos e das pessoas que amamos.
Data da viagem: 27/março/2017.